Um romance contemporâneo sobre raça, classe e as prisões invisíveis da sociedade moderna.
 
Em "Solitária", a premiada escritora e jornalista brasileira Eliana Alves Cruz constrói uma narrativa intensa e necessária. O livro acompanha a vida de Mabel e Eunice, mãe e filha negras que moram e trabalham em um condomínio de luxo no Brasil.
 
A aparente tranquilidade de sua existência – dividida entre o pequeno quarto de empregada ("a solitária") e a casa simples da família no subúrbio – é abalada quando Eunice se torna testemunha-chave de um crime chocante ocorrido na residência dos patrões. A partir desse evento, Mabel embarca em um caminho que levará não apenas à elucidação do crime, mas a uma transformação radical na vida de todos ao seu redor.
 
Com uma prosa ágil e assertiva, Eliana Alves Cruz revisita o imaginário do trabalho doméstico no Brasil, traçando linhas sutis entre o passado escravocrata e questões urgentes do presente, como a pandemia e a luta por direitos. Como a própria autora define, é um romance onde o racismo e as dinâmicas de poder não são nomeados de forma explícita, mas estão presentes em cada gesto e situação, convidando o leitor a percebê-los de forma orgânica.
 
Características do Livro:
Autor: Eliana Alves Cruz (Escritora e jornalista brasileira)
Editora: À Parte
ISBN: 9789893559116
Género: Romance contemporâneo, Literatura brasileira
Número de páginas: 160
Encadernação: Capa mole (brochado)
Dimensões: 23,5 x 15,7 cm
 
Sobre a Autora:
Eliana Alves Cruz é uma escritora e jornalista brasileira, nascida no Rio de Janeiro. Sua obra, marcada pela pesquisa histórica e pelo resgate da memória afro-brasileira, já foi reconhecida com importantes prêmios, incluindo o Jabuti e o Oliveira Silveira. Seu romance de estreia, "Água de Barrela", foi baseado na história de sua própria família e chegou a ser tema de questão no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) do Brasil. Ela costuma dizer que vê a literatura como uma "agulha para costurar" a tapeçaria rasgada da história, preenchendo lacunas e dando voz a quem foi silenciado