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Este livro apresenta uma série de reflexões sobre o agenciamento sociotécnico causado pela pandemia de Covid-19. Mais do que uma entidade biológica, o vírus é um constructo social. Mais do que um objeto, um artefato, a tecnologia é também um constructo social. Pensar o vírus e as tecnologias como “nature-culture” (Haraway, 2008) nos permite vinculá-los de forma mais concreta à dimensão associativa, vinculando humanos e não humanos, nos ajudando a compreender melhor os desafios em jogo. Essa é a perspectiva ontológica e metodológica adotada em todos os ensaios aqui apresentados, ou seja, uma perspectiva pragmática, imanente, materialista das formas que a sociedade encontra para produzir, compreender e resolver o dilema causado pela pandemia, e como a cultura digital participa desse entrelaçamento (Barad, 2007). Homem e tecnologia não são entidades separadas (sujeito e objeto), assim como o vírus não pode ser entendido como unidade biológica isolada (natureza e cultura). São modos de existir, formas de agir, tipos de arranjos (dispositif, assemblage) que revelam soluções particulares de uma coletividade (o social). A técnica não é ferramenta ou instrumento nas mãos do sujeito que domina o sentido (como significação e direção) da agência, ou sofre as consequências retroativamente. A tecnologia é como um vírus, e o vírus como uma tecnologia: eles disparam ações, mobilizando amplas redes, afetando o coletivo.

 

André Lemos é Escritor e Professor Titular do Departamento de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da UFBA, Diretor do Lab404 - Laboratório de Pesquisa em Mídia Digital, Redes e Espaço, pesquisador "1 A" do CNPq e Membro do Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD). É engenheiro mecânico formado pela UFBA (1984), Mestre em Política de Ciência e Tecnologia pela COPPE/UFRJ (1991) e Doutor em Sociologia pela Université René Descartes, Paris V, Sorbonne (1995, bolsa do CNPQ). Foi Visiting Scholar nas Universidades McGill e Alberta, Canadá (2007-2008, PosDoc do CNPq), no Programmable City Lab da National University of Irlanda, Maynooth (Estágio Sênior, CAPES, 2015-2016) e do TIDD-PUC-SP (Posdoc Sênior do CNPq). Foi membro titular do Comitê Assessor do CNPQ para a área de comunicação (2009-2012) e Coordenador Geral do Comitê Assessor para as áreas de Comunicação, Ciências da Informação, Museologia e Artes do CNPq (2011-2012). Foi Presidente da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação - COMPÓS (2001-2003), Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da FACOM/UFBA (1999-2001) e Chefe do Departamento de Comunicação (FACOM/UFBA). É membro fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCIBER). Seus últimos livros publicados são "A Tecnologia é um Vírus. Pandemia e Cultura Digital (Sulina, 2021); "Desastres" (Penanlux, 2021); "Objetos da Bahia" (Mondrongo, 2020), "Coisas" (Mondrongo, 2018) , "O Fantasma de Beckett" (Sulina, 2018); ?Isso (não) é muito Black Mirror? (Edufba, 2018), ?Teoria Ator-Rede e Estudos de Comunicação? (Edufba, 2016), ?A Comunicação das Coisas. Cibercultura e Teoria Ator-Rede (Finalista Prêmio Jabuti 2014 - Annablume, 2013)

 

Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Sulina; 1ª edição (1 abril 2021)
  • Idioma ‏ : ‎ Português do Brasil
  • Capa comum ‏ : ‎ 150 páginas
  • ISBN-10 ‏ : ‎ 6557590294
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6557590294
  • Dimensões ‏ : ‎ 14 x 1 x 21 cm

A Tecnologia é um Vírus: Pandemia e Cultura Digital - André Lemos

SKU: 9786557590294
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