Ao falar por um tanto de mulheres negras, e não negras, Fabiane exerce o poder humano de nos ajudar a recusar a herança feminina do silêncio das gerações que nos antecederam. Nessa escrita sem anestesia, Fabiane Albuquerque “fala” sem controle. Sem medo. Com coragem. Um movimento difícil para quem foi constituída, como muitas, na condição de calar e fortalecer o poder dos tiranos. Ela cortou os lençóis que a amordaçavam e picou-os com a tesoura!
Fabiane Albuquerque nasceu em 1980, em Contagem, Minas Gerais. Passou parte da sua infância no sertão mineiro, cidade de Corinto, onde aprendeu a ler e a ver o mundo nas suas miudezas. É feminista negra, socióloga, escritora e mãe do Pietro. Costuma dizer que é constituída de dois sertões, aquele de sua mãe, oriunda da mesma região que Guimarães Rosa, e aquele do seu pai, paraibano de Remigio. Foi freira por quase nove anos, passando por Goiânia, África do Sul, Congo. Morou também na Itália, onde fez mestrado e, de volta ao Brasil, concluiu seu doutorado pela UNICAMP. Atualmente mora na França, de onde escreve. Escrita marcada pela sua condição de classe, raça e gênero, além da nacionalidade. É de lugares de fronteiras em muitos sentidos, inclusive aquele do seu próprio país, pátria que ama brancos, odeia e expurga corpos negros. Tem dois livros infantis publicados na Itália, resultado de prêmios literários.
Detalhes do produto
- Editora : Malê; 1ª edição (8 fevereiro 2022)
- Idioma : Português do Brasil
- Capa comum : 264 páginas
- ISBN-10 : 658774639X
- ISBN-13 : 978-6587746395
- Dimensões : 21 x 2 x 14 cm
Cartas a um homem negro que amei - Fabiane Albuquerque
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