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A primeira escravizada a conseguir a condenação na justiça de um senhor de escravos. Uma vida de provações e resistência, narrada no livro que marca a luta pelos direitos dos negros e das mulheres.

 

“Se a primeira mulher que Deus fez foi forte o suficiente para virar sozinha o mundo de cabeça para baixo, as mulheres, juntas, são capazes de trazê-lo de volta e colocá-lo na posição certa novamente!”  Sojourner Truth é o nome e a identidade adotados pela escravizada nascida por volta de 1797, a quem os senhores chamavam de “Isabella” e cujo sobrenome era, pelo costume, o mesmo de seu “proprietário”. Mulher, escravizada, iletrada: mesmo sob o degrau mais baixo da pirâmide social, Sojourner Truth tornou-se uma força transformadora em prol dos direitos das mulheres e dos negros. Ainda que a tenham mantido afastada dos estudos e mesmo da instrução religiosa, e que lhe tenham negado quaisquer direitos, seu senso do que é certo a levou a processar, e a derrotar na justiça, senhores de escravos, por duas vezes. Na primeira, conseguiu recuperar seu filho de cinco anos, que havia sido vendido como e levado para longe; na segunda, conseguiu indenização por um branco que a caluniara. Quando a história de sua vida ―que foi narrada a uma companheira abolicionista, já que Sojourner nunca aprendeu a escrever ― chegou ao público na forma deste livro, tornou-se um poderoso manifesto pela afirmação dos direitos dos negros e das mulheres. Sojourner, mais que uma referência moral, foi uma liderança ativa na batalha pelos direitos das mulheres e negros, tanto os ex-escravizados quanto os que continuavam nas agruras do cativeiro no sul dos Estados Unidos. Para esse fim, ela chegou a reunir-se com o presidente Lincoln, assasinado no mesmo ano em que decretou a abolição da escravatura. Outro fundamental texto dessa mulher analfabeta é o discurso “E eu não sou mulher?”, proferido, de improviso em 1851, em uma convenção feminista em Ohio. Em um ambiente ainda extremamente patriarcal e de repressão religiosa, as proto-feministas de Ohio estavam sendo censuradas e humilhadas pelos chefes religiosos ― todos homens ― quando Sojourner ― a única negra na plateia ― tomou o púlpito e rebateu, com inteligência e autoridade, os argumentos machistas. O impacto do discurso foi tal que, 130 anos depois, levou a escritora bell hooks a intitular de Ain’t I a Woman seu fundamental libelo sobre o feminismo negro. Passados quase dois séculos, Sojourner Truth ainda é referência na luta, que parece não ter fim, pelo respeito e afirmação dos direitos dos negros e das mulheres. Se ela mereceu ter primeira efígie de um afro-americano no Congresso dos Estados Unidos, sua vida e suas palavras ainda inspiram e transformam e continuam, infelizmente, indispensáveis.

 

Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Imã Editorial Ltda; 1ª edição (28 agosto 2020)
  • Idioma ‏ : ‎ Português do Brasil
  • Capa comum ‏ : ‎ 214 páginas
  • ISBN-10 ‏ : ‎ 6586419026
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6586419023
  • Dimensões ‏ : ‎ 21 x 14 x 1.6 cm

“E eu não sou uma mulher?”: A narrativa de Sojourner Truth - Sojourner Truth

SKU: 9786586419023
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