top of page

Então, imagina isto: uma pessoa passa a vida a correr, a cumprir prazos, a agradar a toda a gente, a dizer que sim quando quer gritar que não, até que um dia o corpo — esse chato com a mania que tem de existir — simplesmente bloqueia. Diz "chega". E a pessoa, que até ali era uma publicitária funcional, vê-se obrigada a fazer uma pausa. Oito semanas. Que, para quem não sabe estar quieto, são tipo uma sentença de morte.

 

Pois a nossa protagonista sem nome (porque podia ser eu, podias ser tu, podia ser aquela tua amiga que está sempre no limite) faz o que qualquer um de nós faria em desespero: foge para um paraíso. No caso, Jericoacoara. E pronto, estávamos à espera de um Eat, Pray, Love tropical, não estávamos? Mergulhos no mar, sol a aquecer a alma, umas bebidas com fruta exótica… renascimento garantido e em apenas 176 páginas.

 

Só que a Lorena Portela, que é jornalista e sabe das coisas, não nos dá essa facilidade. Em Jeri, debaixo daquele sol que tudo ilumina, não há milagres instantâneos. Há, sim, o confronto com tudo o que a matou em vida: o cansaço que virou identidade, as relações que mais pareciam armadilhas, a sensação constante de nunca ser suficiente. Antes de curar, o sal arde. E como arde.

 

Mas eis a revolução — e o verdadeiro fôlego do livro: o renascimento não vem de um amor romântico com um surfista de físico escultural (embora haja paixão, sim, e é das boas). Vem das mulheres. Da rede, do colo, da conversa crua às três da manhã, do olhar que reconhece a tua dor porque já viveu uma igual. É um romance sobre encontrar a tua tribo no momento em que mais precisas dela. É um grito contra a ideia absurda de que aguentar trabalho excessivo e relações vazias é sinónimo de sucesso.

 

"Primeiro Eu Tive Que Morrer" é isso: um inventário íntimo e às vezes doloroso, escrito com uma prosa que vai do poético ao cortante sem aviso prévio. É para quem já se sentiu esgotado. É para quem precisa de lembrar que, às vezes, é preciso desmontar-se por completo para se construir de novo. E, sobretudo, é um lembrete poderoso de que nenhuma de nós está sozinha nesta viagem maluca. Afinal, quem nunca precisou de uma pequena morte para, enfim, começar a viver?

 

Autora: Lorena Portela, jornalista e escritora cearense que vive entre Lisboa e Londres, fez um sucesso estrondoso no Brasil com esta sua estreia literária.

 

Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Planeta
  • 1ª edição (5 outubro 2022)
  • Idioma ‏ : ‎ Português do Brasil
  • Capa comum ‏ : ‎ 176 páginas
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6555358308
  • Dimensões ‏ : ‎ 14 x 1.7 x 21 cm

Primeiro eu tive que morrer - Lorena Portela

SKU: 9786555358308
19,00 € Preço normal
17,10 €Preço promocional
Quantidade
  • Até 3 dias úteis.

Ainda não há avaliaçõesCompartilhe sua opinião. Seja o primeiro a deixar uma avaliação.

   Portes de envio.

Taxa fixa de € 3,25 por pedido

Entrega grátis para pedidos acima de  € 50,00 

                     

Livros em Promoção

bottom of page