top of page

Autor de clássicos como a série Kino-Pravda (1922-25) e o longa-metragem O homem com a câmera (1929), Dziga Viértov (1896-1954) foi pioneiro de uma linguagem própria para o cinema e um dos principais nomes da vanguarda soviética. Durante toda a sua vida praticou e defendeu o lema de seu amigo Maiakóvski, segundo o qual não há arte revolucionária sem forma revolucionária. Embora seja um dos diretores de cinema mais influentes do século XX, Viértov teve pouquíssimos escritos publicados em nossa língua e quase sempre em traduções indiretas. O presente volume busca reparar essa lacuna, reunindo noventa textos, vários deles inéditos, entre manifestos, roteiros, artigos, projetos, cartas e poemas, todos traduzidos diretamente do russo pelo organizador Luis Felipe Labaki, acompanhados de mais de cem imagens da Coleção Dziga Viértov do Österreichisches Filmmuseum de Viena.

 

Dziga Viértov (David Ábelevitch Kaufman) foi um dos principais realizadores e pensadores do cinema soviético. Nascido em Bialystok, em 1896, no Leste da Polônia (então parte do Império Russo), filho dos donos de uma importante livraria da cidade, estudou em Petrogrado e em maio de 1918 tornou-se secretário administrativo do Departamento de Cine-Crônicas do Comitê Cinematográfico de Moscou, iniciando sua carreira no cinema. Em mais de três décadas de atividade, realizaria várias obras entre cinejornais, curtas, médias e longas-metragens, deixando ainda inúmeros projetos não realizados. Dentre seus trabalhos mais famosos estão a série Kino-Pravda (1922-1925) e os longas Cine-Olho: A vida apanhada de surpresa (1924), A sexta parte do mundo (1926), Três cantos sobre Lênin (1934) e O homem com a câmera (1929), este um dos mais renomados filmes da história do cinema. Ao lado de parceiros de trabalho como a montadora Elizaviêta Svílova, com quem se casaria em 1923, e seu irmão, o cinegrafista Mikhail Kaufman, organizou o grupo Cine-Olho e desenvolveu um método próprio de criação, abolindo as fronteiras entre ficção e documentário. Acusado pela burocracia soviética de ser um “formalista”, nas duas últimas décadas de vida foi relegado ao semiesquecimento, mas após a sua morte, em 1954, sua obra foi recuperada, e hoje Viértov é considerado um dos diretores de cinema mais influentes do século XX.

Luis Felipe Labaki nasceu em São Paulo, em 1990. É cineasta, pesquisador, tradutor, além de autor de trilhas sonoras e peças de teatro. Formado em Audiovisual pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo em 2013, defendeu seu mestrado pela mesma instituição em 2016, com a dissertação “Viértov no papel: um estudo sobre os escritos de Dziga Viértov”. Em 2017 foi co-curador da retrospectiva de documentários soviéticos “100: De Volta à URSS” que integrou o 22º É Tudo Verdade ― Festival Internacional de Documentários. Como diretor, realizou os curtas-metragens O pracinha de Odessa (2013, um retrato do professor e tradutor Boris Schnaiderman), Que tal a vida, camaradas? (2017), Um guarda real (2019) e A maior massa de granito do mundo (2020). Atualmente é doutorando em História, Teoria e Crítica do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP.

 

Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Editora 34; 1ª edição (24 fevereiro 2022)
  • Idioma ‏ : ‎ Português do Brasil
  • Capa comum ‏ : ‎ 704 páginas
  • ISBN-10 ‏ : ‎ 655525095X
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6555250954
  • Dimensões ‏ : ‎ 16 x 3 x 23 cm

Cine-Olho: manifestos, projetos e outros escritos - Dziga Viértov

SKU: 9786555250954
47,00 €Preço
Quantidade
  • Até 5 dias úteis.
Ainda não há avaliaçõesCompartilhe sua opinião. Seja o primeiro a deixar uma avaliação.

   Portes de envio.

Taxa fixa de € 3,25 por pedido

Entrega grátis para pedidos acima de  € 50,00 

                     

Livros em Promoção

bottom of page