Em Ensinando a transgredir, bell hooks – escritora, professora e intelectual negra insurgente – escreve sobre um novo tipo de educação, a educação como prática da liberdade. Para hooks, ensinar os alunos a “transgredir” as fronteiras raciais, sexuais e de classe a fim de alcançar o dom da liberdade é o objetivo mais importante do professor. Ensinando a transgredir, repleto de paixão e política, associa um conhecimento prático da sala de aula com uma conexão profunda com o mundo das emoções e sentimentos. É um dos raros livros sobre professores e alunos que ousa levantar questões críticas sobre Eros e a raiva, o sofrimento e a reconciliação e o futuro do próprio ensino. Segundo bell hooks, “a educação como prática da liberdade é um jeito de ensinar que qualquer um pode aprender”. Ensinando a transgredir registra a luta de uma talentosa professora para fazer a sala de aula dar certo.
bell hooks nos alerta para o fato de que a educação como prática para a liberdade é aquela que supera o dualismo metafísico ocidental que preconiza a cisão entre o corpo e a mente. Ao transgredirmos por meio de uma educação que nos liberta e liberta nossos (as) estudantes, traímos o legado de repressão e negação que nos foi transmitido pelas formas conservadoras de educação que marcam as trajetórias de nossas gerações e daquelas que nos antecederam. Como a própria autora afirma: "para além da esfera do pensamento crítico, é igualmente importante que entremos na sala de aula 'inteiras', não como corpos descarnados". Eros exprime energia vital, uma força que, segundo hooks, auxilia o nosso esforço geral de autoatualização que habilita tanto docentes quanto discentes a renovarem as discussões e excitarem a imaginação crítica na sala de aula. O erotismo, nessa perspectiva, está ligado ao desejo de conhecer, à curiosidade e à paixão. Mostra-nos que a educação não é neutra e alerta-nos para o fato de que não existe um terreno emocional "plano" no qual podemos nos localizar para lidar com todos e todas de maneira igualmente desapaixonada. Nilma Lino Gomes
Sobre a Autora
Nascida no dia 25 de setembro de 1952 em Hopkinsville, uma pequena cidade localizada no estado do Kentucky, Estados Unidos, Gloria Jean Watkins, conhecida mundialmente pelo pseudônimo bell hooks – em homenagem à sua bisavó, Bell Blair Hooks, e como uma forma de exaltar a ancestralidade – foi uma educadora, escritora, crítica cultural e ativista que denunciou as desigualdades de raça, gênero e classe, além de trazer em seus escritos questões como amor e espiritualidade. Autora de diversos artigos e livros, dentre os quais Ensinando a transgredir – Educação como prática da liberdade, publicado pela WMF Martins Fontes, hooks tornou-se uma das vozes mais relevantes em temas como pedagogia crítica, feminismo negro, práticas antirracistas, emancipação intelectual e justiça social.
Detalhes do produto
- Editora : WMF Martins Fontes
- 3ª edição (22 novembro 2024)
- Idioma : Português do Brasi
- Capa comum : 270 páginas
- ISBN-13 : 978-8546906826
- Dimensões : 21 x 1.6 x 13.7 cm
Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade - Bell Hooks
Até 5 dias úteis.
































