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Em sua autobiografia, Assata Shakur entrelaça duas narrativas. Em uma, fala de sua infância e juventude como menina e mulher dentro da comunidade negra estadunidense entre as décadas de 1940 e 1970. Na outra, conta sua trajetória como ativista antirracista, sua passagem pelo Partido dos Panteras Negras e pelo Exército de Libertação Negra, e as estratégias do FBI que a levaram a ser injustamente condenada pela morte de um policial ocorrida durante a emboscada cinematográfica em que foi presa. Desde os anos 1980, Assata vive exilada supostamente em Cuba. O livro conta com prefácios de Angela Davis e Lennox Hinds, além de apresentação da historiadora Ynaê Lopes dos Santos para a edição da Pallas.

 

“Violência, exclusão, pobreza. Injustiças por toda a parte entre aqueles que são negros. Racismo como alicerce de privilégios que se estendiam a estupros e assassinatos. O que você faria?

E se fosse você a ter de enfrentar a dor imensa que atravessa passados, presentes e futuros: o seu, dos seus, de muitos, milhões? O que você faria se a ferida aguda do desenraizamento naquele que deveria ser o seu país tentasse apagar as marcas do que você já foi e é, das civilizações que nutriram a história de seu povo e a grandeza que você imaginou para o que há a sua volta. O que você faria?

Muitas e muitos escolheram lutar.

E se, na luta, encontrasse parcerias movidas pelo brilho no olho de quem quer mudar o mundo? Se você resgatasse o (auto) (re)conhecimento, o orgulho, a porta de saída do mundo de opressões e, na trajetória, angariasse potências antes escondidas? O que fazer senão seguir lutando?

E se seu ativismo encontrasse a barreira (quase) intransponível do Estado racista, com suas ferramentas de destruição? Se esse mesmo Estado colocasse em ação sua máquina de sabotagens, violências, perseguições, difamações, infiltrações, encarceramentos e assassinatos de seus companheiros e companheiras, o que você faria?

E se, em prisão perpétua, seu tempo na cadeia fosse de torturas e ameaças que o próprio sistema de justiça (sic) ajudou a aprofundar?

Assata Shakur lutou. Baleada e torturada, sobreviveu. Incomunicável, se dirigiu ao mundo. Em prisão perpétua, escapou. Exilada, foi a primeira mulher na lista dos mais procurados dos Estados Unidos e tem sua cabeça a prêmio: milhões de dólares foram oferecidos para quem a trouxer viva ou morta.

Assata Shakur, ativista, madrinha de Tupac, mãe e avó, segue lutando. Esta autobiografia é, definitivamente, parte desta luta!”

Jurema Werneck

 

Sobre a Autora

A ativista Assata Shakur foi uma das líderes do Panteras Negras e do Exército de Libertação Negra, nos anos 70, nos EUA. Revolucionária, foi acusada por crimes nunca provados. Numa emboscada armada pela polícia, em Nova Jérsei, foi presa e acusada da morte de um policial. Condenada injustamente à prisão perpétua, conseguiu escapar cinematograficamente de um presídio de segurança máxima e se exilou em Cuba, último lugar de onde se soube de seu paradeiro, no início dos anos 80. Foi de lá que ela começou a escrever sua biografia, publicada com prefácio original de Angela Davis, sua contemporânea. Considerada uma das figuras pioneiras do feminismo negro, sua impactante trajetória a transformou em símbolo do comunismo negro norte-americano. Passados mais de 40 anos, até hoje Assata é a mulher negra mais procurada pelo FBI em todo o mundo.

 

Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Pallas
  • 1ª edição (8 julho 2022)
  • Idioma ‏ : ‎ Português do Brasil
  • Capa comum ‏ : ‎ 472 páginas
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-6556020679
  • Dimensões ‏ : ‎ 13.5 x 2.7 x 20.5 cm

Assata: uma autobiografia - Assata Shakur

SKU: 9786556020679
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